O humor sem limites contra a truculência da ditadura

Conheça os textos escritos por Marcos Faerman para a mais célebre publicação da imprensa independente brasileira.

O Pasquim foi a mais longeva publicação independente editada no Brasil. Começou a circular em 26 de junho de 1969, existiu por mais de 20 anos e chegou a vender 200 mil exemplares por edição, em meados dos anos 1970.

Tornou-se conhecido pelo diálogo com a contracultura e por seu papel de oposição à ditadura. Publicava entrevistas sem censura e usava o humor para escancarar o autoritarismo e a truculência do regime militar.

Foi criado pelo cartunista Jaguar e pelos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral. Com o tempo, dele participaram figuras de destaque da imprensa brasileira, como os fixos Millôr Fernandes, Paulo Francis, Henfil, Ziraldo, Ivan Lessa e Luiz Carlos Maciel e os colaboradores Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Glauber Rocha, Caetano Veloso, entre muitos outros.

Marcos Faerman foi correspondente do Pasquim em São Paulo em 1970, durante a primeira fase do jornalq, dirigida por Tarso de Castro. Escreveu reportagens, notas e entrevistas para o jornal, entre as quais destaca-se Meneghetti. O bom ladrão, uma longa conversa com o ladrão italiano Gino Meneghetti, que seria personagem de outras reportagens suas, para o Jornal da Tarde e para o Versus.

Leia mais sobre O Pasquim em:

Jornalistas e Revolucionários. Nos tempos da imprensa alternativa, capítulos Nasce o Pasquim e O Pasquim: O Humor nas Grades (Bernardo Kucinski; ed. Scritta; 1991).